Peptídico


Que a proximidade dos pontos de tormento
Não modifiquem o meu enredo
E sabendo que não acaba
Rezo
Que diminua a dor do veneno
Que os traços do que nunca foi dito
Não me façam cair em descrença
Talvez eu ainda seja parte de alguma verdade
E estratégias da mentira
Quadros brancos da existência que se ocupem de meu pranto
Enquanto dou as costas às paredes grafitadas de felicidade
E ainda que saiba da ida
A esperança acende uma vela em saudade
Nos instantes que encaro a vida
Que esta me agrida com menos força
Ao me ligar à correntes estranhas e enforcar momentos
Meu espelho de miséria em entranhas de vingança e maldade
Então que eu padeça agora para machucar menos o espírito
Que talvez possa dar um sorriso ao sentir-me desaparecer
Resisto à tudo e esqueço que não se esquece o que é parte dos ser
Que eu aceite que sou apenas um dia
E que busco a razão mas nasci de instinto
E minhas visões lógicas não aplacam as dores de um coração selvagem
Que num cinza frio se faça de abrigo
Que um pulsar sangue vermelho me faça vontade
É tarde, e minhas frases não têm mais um sentido qualquer
Talvez sejam um mero sinal
De meu silêncio a gritar no espaço
Ou do meu réu
Condenado
A obter sempre o perdão.

Comments

meu paredro said…
Realmente, poesia real dores que são. Eu diria que oh Doca comunique-se, porque ninguém nunca sabe se precisas realmente de algo, é assim que as coisas estão. Parece haver um buraco nelas, neste caminho.
Anonymous said…
Hey, Doca.
Você sabe o que é uma maldita mulher? Venha descobrir com a gente. Temos muita coisa prá contar.

Beijos.

www.malditasmulheres.blogspot.com
Anonymous said…
teu poema me fez ter relfexões sobre a nossa vida de hoje,é poema e leveza, paixão e esperança
Anonymous said…
Tudo o que desejamos é afastar a dor, mas isso é impossível. Esses hematomas que marcaram o corpo são reflexos do que já passamos em vida. Sempre a procura de um ponto de fulga, essa busca se faz eterna dia-a-dia rasgando as feridas já residentes na alma.
Procuramos a paz, somos tidos como marginais, mas não perdemos nossa esperança, lutamos pelo que acreditamos e é exatamente isso que nos faz diferentes das amebas.

van.cine@yahoo.com.br
Anonymous said…
Tudo o que desejamos é afastar a dor, mas isso é impossível. Esses hematomas que marcaram o corpo são reflexos do que já passamos em vida. Sempre a procura de um ponto de fulga, essa busca se faz eterna dia-a-dia rasgando as feridas já residentes na alma.
Procuramos a paz, somos tidos como marginais, mas não perdemos nossa esperança, lutamos pelo que acreditamos e é exatamente isso que nos faz diferentes das amebas.

van.cine@yahoo.com.br

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